Participo logo mais, às 19h, no auditório setorial básico I na UFPA, de uma mesa no seminário A Alteridade em Perspectiva – Contribuições das Ciências Humanas. O tema da mesa será Alteridade e Comunicação, e ela se seguirá à mesa Alteridade e Ciências Humanas, que terá como palestrante a professora Caterina Koltai, da PUC de São Paulo. O mediador das duas mesas será o professor Maurício Souza, do programa de Pesquisa e Pós-graduação em psicologia Social da UFPA, também organizador do evento. O seminário está acontecendo desde segunda feita e tem a participação dos professores Adelma Pimentel (PPGP/UFPA), Aldrin Figueiredo (PPGH/UFPA), Ernani Chaves (DEFIL/PPGP/UFPA), Heraldo Maués (PPCS/UFPA) e Wilma Coelho (PPGED/UFPA). Eis o texto de apresentação do Seminário:
Na sociedade contemporânea, marcada ao mesmo tempo pela abertura de fronteiras oferecida por tecnologias como a da internet, mas também por recorrentes episódios de intolerância étnica, de gênero ou classe social, por exemplo, a figura do “estrangeiro” pode ser pensada como limítrofe entre a subjetividade e o contexto sócio-político mais amplo, tornando a alteridade o ponto de partida para uma análise de práticas discriminatórias enquanto sintomas da nossa própria civilização. Como se pode perceber, temos aí um tema bastante propício ao diálogo transdisciplinar entre as chamadas Ciências Humanas.
Com efeito, o seminário A Alteridade em Perspectiva – Contribuições das Ciências Humanas pretende funcionar como um espaço para o debate acerca das nuances da prática da diferença, aqui pensada em termos multifacetários que incluem aspectos sócio-culturais, educacionais, filosóficos e clínicos. Nestes termos, considerando a relevância social desta temática, tenciona ainda promover a integração entre diversas áreas do conhecimento, pesquisadores, grupos de estudo e a comunidade mais ampla, incluindo-se aí alunos dos cursos de graduação e pós-graduação da UFPA, bem como de outras instituições de ensino de Belém e redondezas.
Diante disso, longe da pretensão de adiantar, esgotar ou mesmo circunscrever o teor das discussões a serem empreendidas ao longo do seminário, resta acrescentar que o seu impulso fundamental reside na esperança de que, para além da reificação totalizante, da integração apressada e/ou da perseguição irracional, talvez seja possível vislumbrar um desfecho diferente neste contato com o outro. Trata-se do acolhimento advindo da consciência de que a sua aflitiva estranheza é também a nossa.
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