A atuação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem sido alvo de uma série de questionamentos, especialmente no que se refere a um alegado subsídio embutido nos empréstimos ao setor privado. O banco teria, nos últimos dois anos, emprestado um montante de R$ 168 bilhões para 12 empresas, entre elas Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Odebrecht, Vale, Votorantim, JBS, Petrobras, Eletrobrás, Alcoa.
Um levantamento feito pelo jornal Folha de S. Paulo indicou que isso representa 57% do total dos recursos investidos pelo banco em 2008.
Como os empréstimos do BNDES são corrigidos pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), atualmente em 6% ao ano, e a dívida pública é regida principalmente pela Selic, a taxa básica de juros, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), hoje em 10,75%, a diferença se configuraria em um subsídio ao setor privado.
Perguntas que ocorrem: qual é mesmo a função do BNDES? Esse dinheiro não deveria financiar o setor público? Está certo fazer isso os impostos que eu pago, tu pagas, ele paga?
Para além dessas perguntas cabe considerar que o BNDES, ou o governo, afinal, vão ter que pagar a conta, mais cedo ou mais tarde, pelos impactos sociais e ambientais que estão sendo causados pelas operações desses grande grupos. Ou não?
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