Mesmo tendo ficado de fora do governo de Dilma Rousseff por desavenças com a cúpula do seu partido, o ex-deputado Ciro Gomes (PSB-CE) continua com muito prestígio junto ao Palácio do Planalto. Levantamento feito no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) sobre o pagamento de emendas parlamentares em 2011, entre os chamados restos a pagar (despesas de anos anteriores quitadas no exercício), mostra que Ciro conseguiu liberar a maior emenda individual entre todos os partidos, no valor de R$9,975 milhões.
O PMDB, que esta semana deu uma forte demonstração de unidade e apoio a Dilma, na votação do mínimo, teve liberados este ano R$12,7 milhões de emendas individuais de 2008 a 2010, sendo a maior emenda da deputada Solange Almeida (RJ), no valor de R$3,5 milhões.
O PT aparece em terceiro lugar no ranking dos partidos mais beneficiados. Foram R$5,9 milhões, também relativos a emendas empenhadas entre 2008 a 2010.
A seguir vem o PDT, que teve R$3,2 milhões em emendas parlamentares individuais pagas. A maior, de R$2 milhões, é do deputado Paulo Pereira da Silva (SP), da Força Sindical, liberada em janeiro. Paulinho liderou o movimento pelo mínimo de R$560, mas foi derrotado. E o partido ficou em situação delicada junto ao governo.
Os partidos de oposição, como de praxe, tiveram valores menores liberados. O PSDB, que tem a terceira bancada na Câmara, recebeu R$2,6 milhões. O DEM foi contemplado com R$2,5 milhões, considerando em todos os casos as emendas individuais.
Com a emenda de 2010 do ex-parlamentar, paga este mês, o PSB ficou entre os partidos que mais receberam recursos de emendas individuais este ano, R$11,7 milhões no total.
Com dados de O Globo.
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