A Serra de Carajás vai garantir a maior parte do crescimento da Vale na produção de minério de ferro nos próximos cinco anos. Para escoar a produção, a empresa vai enfrentar grandes desafios logísticos e terá de investir pesado na ampliação da infraestrutura existente, incluindo mina, ferrovia e porto. O aumento da capacidade de movimentação do minério de ferro, das 115 milhões de toneladas previstas em 2011 para 150 milhões de toneladas no ano que vem, vai exigir investimentos de US$ 3 bilhões, mas o desembolso total, na ampliação da logística do sistema norte, poderá chegar a US$ 7 bilhões a longo prazo. No fim de 2014 a previsão é de que o sistema norte da Vale movimente 230 milhões de toneladas.
Os principais elementos do programa de expansão, denominado Projeto de Capacitação Logística Norte (CLN), são:
- Uma ponte de concreto na Baía de São Marco, em São Luís. A ponte de acesso tem, hoje, 1,1 km. Com a ampliação, a ser concluída em junho, vai atingir 1,6 km de extensão.
- Na extremidade dessa ponte em construção, no terminal marítimo de Ponta da Madeira, um novo terminal graneleiro, hoje o maior projeto no setor em execução no país. O píer quatro terá dois berços para atracação de navios e o primeiro deles começará a operar em meados de 2012 atendendo navios de 400 mil toneladas de porte bruto, chamados Valemax.
- Aumento da capacidade de transporte da Estrada de Ferro de Carajás (EFC), linha férrea de 892 quilômetros que leva o minério de ferro das minas, no Pará, até os navios, em São Luís.
- Construção, até 2014, de um ramal ferroviário de 90 km, ligando as minas de serra norte e serra sul, em Carajás.
- Ampliação do terminal ferroviário maranhense para uma capacidade de 120 km e instalação de quatro novos pátios de estocagem de minério e mais dois viradores de vagões.
Quase metade da produção de 522 milhões de toneladas de minério de ferro prevista pela empresa para 2015 sairá de Carajás.
Em uma primeira fase, até 2012, a meta da Vale é aumentar a produção de minério de ferro do seu sistema norte em cerca de 30%. O volume de produção de 115 milhões de toneladas previsto para 2011 deverá atingir 150 milhões de toneladas no ano que vem. Até o início de 2015 o sistema norte da Vale deverá produzir 230 milhões de toneladas de minério de ferro, volume que poderá ser ainda maior.
O volume de 150 milhões de toneladas em 2012 será obtido com projeto que vai adicionar mais 30 milhões de toneladas à produção na serra norte de Carajás. Mas, para chegar a 230 milhões de toneladas no fim de 2014, a Vale conta com o desenvolvimento de um projeto novo, na serra sul de Carajás, com capacidade de produzir 90 milhões de toneladas por ano e que será desenvolvido em fases.
Os investimentos totais da Vale em logística para suportar esse crescimento no norte do país em um horizonte de cinco anos, incluindo ferrovia e porto, poderão atingir cifra próxima de US$ 7 bilhões.
Cadeias logísticas não integradas no segmento de granéis, excluindo o minério, geram custos adicionais que chegam a US$ 740 milhões por ano, valor suficientes para construir um novo porto no Brasil.
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