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Crise da Alepa chegou ao governo

A exoneração de Sérgio Duboc trouxe o escândalo da Alepa para o gabinete do Governador. Duboc, o superintende do Detran envolvido, não mais em um, como se descobriu, mas em vários escândalos da Alepa - das fraudes no comissionamento de funcionários aos fantasmas, aos desvios, aos tickets alimentação e aos contratos com a Crok Tapioca pode ter caído, mas deixa no governo a marca da sua presença.

Mesmo porque, como se noticiou, foi exonerado a seu pedido. Não foi demitido. Deveria tê-lo sido, se o governo quisesse se apartar do caso, mas não foi. Saiu à pedido e depois de vários dias de desgaste. 

Aos cento e poucos dias, é o terceiro membro do governo a cair, todos envolvidos em escândalos. 

Até agora é a primeira marca do governo Jatene: a equipe precária, envolvida em casos de corupção e abuso de poder.

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A Câmara Federal está de olho na Alepa. Seu presidente, o deputado Marco Maia, do PT, assinou ontem a tarde o ato que autoriza a criação da comissão externa que irá acompanhar as investigações sobre os fatos e as circunstâncias que envolvem os desvios de recursos públicos ocorridos na casa.
A comissão será formada pelo deputado federal Cláudio Puty (PT/PA), autor do requerimento, e pelos deputados Protógenes Queiroz (PCdoB/SP), Francisco Praciano (PT-AM) e Jean Wyllys (Psol/RJ).
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Se persistir o erro de não instituir a CPI para apurar o caso, erro da dobradinha PSDB-PMDB, o escândalo tende a ganhar mais visibilidade ainda. Visibilidade nacional.
A bola está, para todos os efeitos, com o Governador Simão Jatene (PSDB): não adianta dizer que é à favor da CPI. Se os deputados da sua base não endossarem o pedido, fica evidente que a palavra do governador Jatene (PSDB) é uma mera encenação política.
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A queda de Duboc significa que o senador Mário Couto (PSDB) caiu de joelhos ao chão. É uma meia queda, que lhe tira parte da empáfia. Não apenas porque perdeu espaço no governo de Jatene (PSDB), Mas porque, na busca feita no escritório de Duboc, foram encontrados documentos que cabalizam a ligação entre os dois, também, no escândalo do Tapiocouto, de 2006, quando a Alepa comprou uma quantidade de tapioca suficiente para aterrar a todos os canais de Belém.
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Enquanto isso, governo e Alepa ficam parados: tudo gira em torno da CPI. Berros, medo, ameaças, pânico, crise, pavor. Um governo em crise. Apoplético. Reuniões de tremer paredes. Murros na mesa, vozeirões.
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Para terminar, só uma pergunta, ao leitor do blog: e seu deputado? Já assinou o pedido da CPI?

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