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10 cidades sustentáveis

Para o prefeito Duciomar, o huno, refletir:


Segundo dados da UN Population Division, 72% da população do continente europeu mora nos centros urbanos. No entanto, suas cidades consomem um percentual menor do que este, apenas 69% do total de energia. O número é abaixo do que se poderia imaginar e a razão parece estar ligada a legislação ambiental cada vez mais dura da União Europeia e a preocupação crescente da população local em poupar recursos naturais.

Para facilitar o estudo sobre organização urbana e sustentabilidade, a The Economist Intelligence Unit realizou, em parceria com a Siemens, um estudo para apontar as cidades mais verdes da Europa. Foram analisados os 30 centros urbanos política ou economicamente mais expressivos do continente, classificados de acordo com 8 categorias de desempenho: emissão de dióxido de carbono, consumo e desperdício de água, gerenciamento de terra e resíduos, consumo de energia e uso de fontes renováveis, qualidade do ar, mobilidade e políticas ambientais. Todos os dados foram apurados pela equipe de pesquisadores da The Economist, que usou as metas ambientais traçadas pela União Europeia para o ano de 2020 como referência para a pontuação. Nesse ranking, as 10 primeiras cidades foram as seguintes:

Copenhague
A capital da Dinamarca se saiu bem nos oito quesitos analisados pelo estudo. A cidade tem procurado diminuir sua dependência de carvão e óleo apostando no gás natural e na energia renovável, que tem tido um papel cada vez mais importante no país. De toda a energia consumida, 17% provém de fontes verdes e o governo ainda pretende elevar esse índice para 30% até 2025. Os edifícios dinamarqueses estão entre os mais eficientes ambientalmente. O consumo anual de prédios residênciais de Copenhague é de 554 joules por metro quadrado, melhor índice entre as 30 cidades avaliadas.

Estocolmo
A capital sueca se destaca nos quesitos emissão de dióxido de carbono, construção sustentável, qualidade do ar e políticas ambientais. Mais de 60% da energia consumida pela cidade e 20 % de sua energia total são provenientes de fontes renováveis. Até 2050, a cidade planeja estar completamente livre de combustíveis fósseis, o que significa que todas as emissões relacionadas ao aquecimento público e privado, aos veículos e ao uso da eletricidade serão reduzidos a zero até 2050.

Oslo
A população de Oslo cresce 2% a cada ano, mais do que qualquer outra cidade escandinava. Ainda assim, a capital norueguesa mantém o menor índice de emissão de dióxido de carbono entre as localidades estudadas, resultado do uso de fontes de energia renováveis para o abastecimento do transporte público e da redução da emissão em seus aterros. Os investimentos na área do transporte tiveram um impacto muito positivo, já que a quantidade de dióxido de carbono liberado por veículos públicos e privados é responsável por 50% das emissões totais da cidade. Ela só não ficou em posição ainda melhor por conta do seu alto consumo de água e pela qualidade do seu ar, quesito em que apareceu na rabeira com a 15º posição. O motivo é a alta concentração de dióxido de nitrogênio e, durante o inverno, do material particulado, que aumenta com a queima de lenha para aquecimento e a inversão térmica.

Viena
Ela fica em 8o lugar no ranking geral de emissão de de CO2, mas, quando comparada às cidades com tamanho semelhante ao seu, é a que mais libera esse gás. No entanto, o alto uso e investimento em novas fontes de energia renovável e sua boa gestão de recursos hídricos faz com que apareça em as 5 mais sustentáveis da lista. Lá, a água é coletada nas fontes das montanhas e chega até a cidade sem a necessidade da utilização de bombas, devido a diferença de altitude entre a região montanhosa e o centro urbano.

Amsterdã
Nos quesitos água e administração de resíduos e terra, a capital holandesa ficou em primeiro lugar, mas o seu ponto fraco é a emissão de dióxido de carbono. São liberadas de 6,7 toneladas de CO2 per capita a cada ano – marca bem superior ao das outras cidades analisadas, que emitem em média 5 toneladas. Apesar de ser conhecida por sua notável frota de bicicletas, o transporte é o grande responsável pelas emissões, sendo que a indústria e o sistema de aquecimento também contribuem para agravar o problema. Suas principais fontes de energia são fósseis – gás, carvão e óleo – e 6% dela provém de fontes renováveis. Amsterdã tem uma das redes de aquecimento mais eficientes da Europa, em que o calor é obtido a partir da conversão de resíduos de biomassa para gás. Em Amsterdam, são liberadas de 6,7 toneladas de CO2 per capita a cada ano, foto: Moyan Brenno

Zurique
A maior cidade da Suíça se sai bem nos quesitos emissão de dióxido de carbono e gerenciamento de terra e resíduos – categoria em que aparece em segundo lugar. A maioria das atividades desenvolvidas em Zurique tem um impacto ambiental relativamente baixo, o que a coloca em uma posição privilegiada em relação à outras cidades. Sua produção de resíduos é de 406 quilos por habitante, número abaixo da média de 511 quilos. Além disso, o seu índice de reciclagem é mais alto. Enquanto ela recicla 34% de seus resíduos, as outras apresentam índices de 18%, em média.

Helsinque
Sua região metropolitana concentra um terço de todo o PIB do país. Por conta da alta emissão de dióxido de carbono e do seu consumo de energia, a capital finlandesa fatura o sétimo lugar desse ranking. Isso, no entanto, não quer dizer que essa terrinha gelada não possa servir de bom exemplo. Assim como Copenhague,Estocolmo e Bruxelas, Helsinque lidera a lista no quesito políticas ambientais. A cidade foi a primeira capital europeia a completar um plano de desenvolvimento sustentável, o seu Sustainability Strategy and Action plan, lançado em 2002. Desde de 1995, Helsinque planeja a proteção e desenvolvimento de florestas urbanas públicas, facilitando o planejamento de construções privadas e diminuindo os conflitos por espaço.

Berlim
Apesar de ter sido classificada em 13º lugar no quesito emissões de dióxido carbono, os esforços da capital alemã tem dado bons resultados. O objetivo de reduzir em 25% na liberação de CO2 até 2010 foi alcançado e espera-se que até 2020 ocorra uma diminuição de 40% em relação aos índices de 1990. Além disso, nos últimos 20 anos, seus edifícios passaram por adaptações para que se tornassem mais eficientes, o que resultou em uma redução de 150 kwh para 80 kwh de uso de energia por metro quadrado. O consumo dos seus prédios residenciais também fica muito abaixo da média das 30 localidades analisadas pelo estudo da The Economy Intelligence Unit. Nos quesitos gerenciamento de água, terra e resíduos, a capital alemã também se sai bem. Cerca de 35% do seu lixo é reciclado e o índice de perda do sistema de abastecimento de água é de apenas 5.2%.

Bruxelas
A capital da Bélgica se destaca pelo gerenciamento de seus recursos hídricos e por bons projetos ambientais, mas perde pontos por seu alto consumo de energia e pelo baixo investimento em fontes renováveis – enquanto, em média, 7,3% da energia dos países analisados é proveniente de fontes verdes, o índice de Bruxelas é de menos de 1% . O aquecimento da cidade provém principalmente de combustíveis fósseis. Ainda assim, sua emissão de dióxido de carbono é de 3.9 toneladas per capita – bem abaixo da média de 5.2 toneladas. Com o projeto “Agenda Iris 21”, o governo incentiva seus cidadãos a levarem uma vida mais verde promovendo uso de transportes menos poluentes e oferecendo dicas e instruções sobre como reduzir sua pegada de carbono, usar benefícios para transformarem suas residências em construções ambientalmente eficientes.

Paris
Com quase 12 milhões de habitantes na região metropolitana, a capital francesa é a segunda maior cidade analisada pelo estudo, Levando isso em conta, seu desempenho em relação às emissões de dióxido de carbono é digno de nota. Paris fica em 6º lugar, com a liberação estimada em pouco mais de 5 toneladas per capita ao ano. Ela também de destaca por seus edifícios, que consomem 739 megajoules por metro quadrado, enquanto a média é de 909 megajoules por metro quadrado. É no quesito transporte que ela deixa a desejar: a cidade figura em 19º lugar. Isso por conta do baixo uso de transporte alternativo ao automóvel. Apesar de possuir uma extensa rede de ciclovias, a proporção de usuários desse tipo de transporte é de 0.2%, desempenho muito abaixo da média de 20.9% dos outros centros urbanos analisados.

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