Pular para o conteúdo principal

O MinC e os valores opostos à cultura

No blog Trezentos:

Para a secretária da Economia Criativa, Claudia Leitão, é preciso desterritorializar, despersonalizar e bestializar a cultura e, em contrapartida, ela oferece a ilusão e o mal-estar dominante da santificação do mercado.

Desde a chegada do novo comando ao MinC que a cultura brasileira vive um drama. Há uma moral invertida na filosofia de se buscar um jogo casado entre cultura e mercado.

Depois de um semestre célebre com os ataques da Ministra Ana de Hollanda às reformas da LDA em prol do Ecad, da Lei Rouanet e das corporações, a visão salivada do Ministério da Cultura com a recente, SEC – Secretaria da Economia Criativa, tudo indica que o sonho da ministra é transformar as manifestações espontâneas da sociedade em asilo de alienados pelo mercado.

Comentários

Anônimo disse…
Fábio, a secretária Cláudia Leitão elaborou um plano de ação consistente para a SEC, para mapear e fomentar os setores da economia criativa. Destina-se, principalmente e especialmente, aos chamados "excluídos" do mainstream cultural.A ação da SEC envolve diversos ministérios e instituições, públicas e privadas, em uma série de ações transversais. Em breve lançará o plano Brasil Criativo, onde demonstrará como vai fazer isso. É uma grata surpresa no time que está aqui no MinC, e ainda vamos ouvir falar muito dela, positivamente. Bom Círio pra ti!
Abraços,
Oswaldo Reis Junior

Postagens mais visitadas deste blog

Eleições para a reitoria da UFPA continuam muito mal

O Conselho Universitário (Consun) da UFPA foi repentinamente convocado, ontem, para uma reunião extraordinária que tem por objetivo discutir o processo eleitoral da sucessão do Prof. Carlos Maneschy na Reitoria. Todos sabemos que a razão disso é a renúncia do Reitor para disputar um cargo público – motivo legítimo, sem dúvida alguma, mas que lança a UFPA num momento de turbulência em ano que já está exaustivo em função dos semestres acumulados pela greve. Acho muito interessante quando a universidade fornece quadros para a política. Há experiências boas e más nesse sentido, mas de qualquer forma isso é muito importante e saudável. Penso, igualmente, que o Prof. Maneschy tem condições muito boas para realizar uma disputa de alto nível e, sendo eleito, ser um excelente prefeito ou parlamentar – não estou ainda bem informado a respeito de qual cargo pretende disputar. Não obstante, em minha compreensão, não é correto submeter a agenda da UFPA à agenda de um projeto específico. A de...

O enfeudamento da UFPA

O processo eleitoral da UFPA apenas começou mas já conseguimos perceber como alguns vícios da vida política brasileira adentraram na academia. Um deles é uma derivação curiosa do velho estamentismo que, em outros níveis da vida nacional, produziu também o coronelismo: uma espécie de territorialização da Academia. Dizendo de outra maneira, um enfeudamento dos espaços. Por exemplo: “A faculdade ‘tal’ fechou com A!” “O núcleo ‘tal’ fechou com B!” “Nós, aqui, devemos seguir o professor ‘tal’, que está à frente das negociações…” Negociações… Feitas em nome dos interesses locais e em contraprestação dos interesses totais de algum candidato à reitoria. Há muito se sabe que há feudos acadêmicos na universidade pública e que aqui e ali há figuras rebarbativas empoleiradas em tronos sem magestade, dando ordens e se prestando a rituais de beija-mão. De vez em quando uma dessas figuras é deposta e o escândalo se faz. Mas não é disso que estou falando: falo menos do feudo e mais do enf...

UFPA: A estranha convocação do Conselho Universitário em dia de paralização

A Reitoria da UFPA marcou para hoje, dia de paralização nacional de servidores da educação superior, uma reunião do Consun – o Conselho Universitário, seu orgão decisório mais imporante – para discutir a questão fundamental do processo sucessório na Reitoria da instituição. Desde cedo os portões estavam fechados e só se podia entrar no campus a pé. Todas as aulas haviam sido suspensas. Além disso, passamos três dias sem água no campus do Guamá, com banheiros impestados e sem alimentação no restaurante universitário. Considerando a grave situação de violência experimentada (ainda maior, evidentemente, quando a universidade está vazia), expressão, dentre outros fatos, por três dias de arrastões consecutivos no terminal de ônibus do campus – ontem a noite com disparos de arma de fogo – e, ainda, numa situação caótica de higiene, desde que o contrato com a empresa privada que fazia a limpeza da instituição foi revisto, essa conjuntura portões fechados / falta de água / segurança , por s...