Saiu o novo livro do grande Terry Eagleton: O Debate sobre Deus: Fé, Razão e Revolução. Aqui, uma resenha (zangada) do livro. A resenha começa assim:
Terry Eagleton é um daqueles intelectuais de esquerda convencidos de que uma demonstração efusiva de bons sentimentos e boas intenções — sob a forma de uma profunda indignação moral para com as desigualdades do mundo e de um sincero voto de amor pelos oprimidos — basta para eximi-los por completo de certas tarefas inconvenientes, como a de ter de apresentar um argumento honesto.
Seu livro O debate sobre Deus é um longo vitupério contra Richard Dawkins e Christopher Hitchens por, até onde fui capaz de depreender, não terem notado que a Bíblia (mais especificamente, o Novo Testamento) pode ser interpretada de forma a legitimar, animar e estimular o engajamento em causas esquerdistas: Cristo pode ser visto como um guerrilheiro hippie; o celibato dos “eunucos por amor do Reino” (Mateus, 19:12) é a abstinência sexual dos guerrilheiros que vão lutar contra o capitalismo nas selvas; e o pecado, tal como definido por Tomás de Aquino, pode ser entendido, entre outras coisas, como “consumismo”.
Terry Eagleton é um daqueles intelectuais de esquerda convencidos de que uma demonstração efusiva de bons sentimentos e boas intenções — sob a forma de uma profunda indignação moral para com as desigualdades do mundo e de um sincero voto de amor pelos oprimidos — basta para eximi-los por completo de certas tarefas inconvenientes, como a de ter de apresentar um argumento honesto.
Seu livro O debate sobre Deus é um longo vitupério contra Richard Dawkins e Christopher Hitchens por, até onde fui capaz de depreender, não terem notado que a Bíblia (mais especificamente, o Novo Testamento) pode ser interpretada de forma a legitimar, animar e estimular o engajamento em causas esquerdistas: Cristo pode ser visto como um guerrilheiro hippie; o celibato dos “eunucos por amor do Reino” (Mateus, 19:12) é a abstinência sexual dos guerrilheiros que vão lutar contra o capitalismo nas selvas; e o pecado, tal como definido por Tomás de Aquino, pode ser entendido, entre outras coisas, como “consumismo”.
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