O Pará tem três municípios entre os cem maiores do Brasil: Belém, Ananindeua e Santarém.
Belém é o sexto pior município do Brasil, dentre os cem maiores, nos serviços de saneamento público. Ou seja, ocupa a 94a posição no ranking. Santarém ocupa a 96a posição e Ananindeua ocupa a 97a posição. Porto Velho e Macapá são os dois piores. Estigma amazônico? Não: irresponsabilidade amazônica.
Apenas 7,7% da cidade é conectada à rede de esgoto pública. Para se ter uma comparação, em Manaus, por exemplo, cidade de tamanho aproximado e características geográficas e socioculturais semelhantes, esse índice é de 21,28%.
Por que esse diferença? Simples: investimento. Enquanto o investimento médio em rede de esgoto, em Manaus, é de R$ 31,4 milhões/ano, em Belém esse volume é de, apenas, 6,99 milhões/ano. Não é difícil superar as marcas de Belém. Natal, por exemplo, que tem 1/4 da população de Belém, tem apresentado uma média de investimento de R$ 53,9 milhões/ano. E nem é preciso ir mais longe que isso para ver como saneamento e água são uma questão de vontade e construção política. No mesmo estado do Rio Grande do Norte, Mossoró, que tem apenas 259.815 habitantes - cerca de 1/9 da população de Belém, tem investido uma média de R$ 26,59 milhões/ano.
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