Hoje terminou o curso
“Introdução à Obra de Michel Maffesoli”, que ministrei no auditório setorial
básico da UFPA. Fiquei surpreso com o interesse que a obra do sociólogo, meu
orientador de doutorado, despertou em Belém, afinal eu esperava 20 inscrições,
e foram 165, no final. Tive que passar da sala de 20 lugares solicitada para
uma com 100 lugares e, por fim, para o auditório. Uma platéia interessada,
composta por alunos, profissionais e pesquisadores das mais variadas áreas:
sociologia, antropologia, ciência política, comunicação, artes, letras,
filosofia... E tudo isso em meio à greve, à uma universidade em ritmo lento e
com acesso dificultado.
O que explica esse interesse? A
velha explicação da carência de atividades de Belém há muito não é suficiente.
A própria greve, que deixa os alunos sem atividades? Não, porque, afinal, a
grande maioria da platéia era composta por alunos da pós-graduação de todas essas
áreas – e a pós, como se sabe, continua a funcionar durante as greves. Penso
que o que explica essa situação é, de fato, o interesse por uma perspectiva
mais aberta para a pesquisa social. Ou melhor, dizendo maffesolianamente, a
“palpitação coletiva” que resulta do desejo de dialogar com metodologias mais
hermenêuticas e menos epistemológicas.
Logo mais reproduzirei as apresentações que
fiz durante as três aulas do curso, as quais poderão ser baixadas, bem como
minhas outras aulas, seminários e palestras no meu slideshare, o HupoShare.
Fica, enfim, a dica para a
palestra de Michel Maffesoli, amanhã, às 15h, no auditório do Instituto de
Ciências Jurídicas da UFPA, que fica ao lado do Naea. Aos interessados, Maff
também vai dar um pulo rapidamente na Aliança Francesa de Belém, às 10h30, para
um rápido bate-papo e para uma conversa com a imprensa.
Comentários