Encerrada a maratona Maffesoli, reproduzo
os roteiros das minhas aulas no curso introdutório que ministrei. Para quem se interessar.
Aproveito para uma avaliação curta da sua visita a Belém. Hiper-positiva,
diria.
Em primeiro lugar porque muita gente
aproveitou a programação: 165 inscritos no curso introdutório e uma platéia de
400 pessoas na palestra. Como já disse antes, eu esperava 20 pessoas para o
curso introdutório e a audiência final foi uma grata surpresa.
Em segundo lugar, porque programações
internacionais – ou melhor, receber pesquisadores importantes do circuito
internacional – são fundamentais, a meu ver, para o avanço institucional da
UFPA, e com cada evento como esse aprendemos mais um pouco como organizar as
coisas de maneira mais produtiva. Como sempre digo, a UFPA precisa de uma
estratégia política de projeção internacional. No cenário brasileiro sempre seremos
vistos como um espaço a ser colonizado. Num cenário global, temos condições de
nos instituirmos como parceiros de primeira ordem, primeira grandeza.
Em terceiro lugar, porque tive oportunidade
de estabelecer um convênio entre meu grupo de pesquisa, o GP Sociologia da
Cultura e da Comunicação na Amazônia, com o Centro de Estudos sobre o Atual e o
Quotidiano, dirigido por Maffesoli, que será um passo importante para
qualificar a produção científica do Programa de Pós Comunicação, Cultura e
Amazônia, do qual faço parte.
Andei com o Maff pelo Ver-o-Peso e por
alguns recantos da Belém “não identitária”, que julgo fundamental desvelar.
Comemos pirarucu com açaí, mas também “cachorro quente” paraense autêntico, com
carne moída e maionese de alface (o prato típico da pós-modernidade belemense,
se assim a posso dizer). Questão de fazer confrontações necessárias. Sempre
necessárias para questionar os lugares comuns dos falsos mitos e das precárias
identidades. Visitamos barracas de santos – onde adquirimos uma minúscula
imagem da “Santíssima Quadernidade” (mais forte que a “Santíssima Trindade”,
segundo a vendedora da barraca de santo, que, aliás, falava um Frances
exemplar) e fomos a um terreiro de Mina. Um dos 1.556 que existem em Belém e
que conferem à nossa cidade outra faceta de sua identidade pós-moderna – se assim
a posso dizer, repito, com perdão pela insistência – e que, continua sendo
relegada à invisibilidade.
Maff achou Belém efervescente. E é. Se ele
passasse mais um dia aqui íamos aprontar em dobro.
Além de seus mitos, Belém é linda. A Belém
da fronteira é cativante.
Bom, seguem aí as apresentações.
Ah, a foto é do Maff com dona Cheirosinha.
Vou dar a ela uma cópia. Vamos transformar a foto em iconezinho, ou patuá, ok?
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Comentários
realmente a visita de Maffesoli foi perfeita. Tudo saiu muito bem e a palestra foi maravilhosa. Gostei sobretudo das respostas que ele deu às perguntas que foram colocadas. Uma graça ele ao lado da d. Cheirosinha...