Para comemorar o centenário do seu curso de jornalismo, a New York University divulgou uma lista dos 100 jornalistas mais notáveis nos EUA nos últimos 100 anos. Os jornalistas homenageados foram selecionados por professores e alunos da universidade a partir de mais de 300 profissionais indicados.
A lista completa da New York University está no endereço:
Reproduzo comentário de José Antônio Orlando comentando algumas das escolhas.
Entre os nomes escolhidos estão:
** Os jornalistas Bob Woodward e Carl Bernstein, que eram jovens repórteres do Washington Postno início da década de 70 quando ajudaram a expor o escândalo Watergate, que levou à renúncia do presidente Richard Nixon. O escândalo deu origem ao filme Todos os Homens do Presidente(1976), de Alan J. Pakula, com Dustin Hoffman e Robert Redford nos papéis de Woodward e Bernstein.
** O jornalista, crítico de cinema, roteirista de cinema, poeta e romancista James Rufus Agee, que dividiu com o fotógrafo Walker Evans as reportagens reunidas no livro Elogiemos os Homens Ilustres, retrato pungente sobre as famílias de agricultores do Sul dos Estados Unidos durante a Grande Depressão na década de 1930.
** A veterana correspondente de guerra Christiane Amanpour, que trabalha para a ABC News e para a CNN. Nascida em Londres e criada no Irã, Christianese mudou para os EUA para estudar jornalismo.
** A colunista e roteirista de cinema Nora Ephron, que escreveu inteligentes e incisivos artigos e crônicas sobre comportamento e política para a revista Esquire e outras publicações nos últimos 40 anos.
** A filósofa política Hannah Arendt, nascida na Alemanha, que depois da Segunda Guerra cobriu os julgamentos de políticos nazistas por crimes de guerra. Suas reportagens e artigos foram publicados na revista New Yorker e depois transformados no livro Eichmann em Jerusalém: Um relato sobre a banalidade do mal.
** O cartunista Herbert Block, conhecido como “Herblock”, que trabalhou por 55 anos noWashington Post, até sua morte, em 2001. Foi ele que cunhou o termo “Macartismo”, em 1950.
** A fotógrafa Margaret Bourke-White, uma das primeiras mulheres a cobrir guerras. Muitas de suas fotos foram publicadas na capa da revista Life.
** Tom Brokaw, que foi âncora do telejornal Nightly News, da NBC, de 1982 a 2004. Brokaw foi destaque nas coberturas especiais da emissora, incluindo as reportagens ao vivo sobre o 11 de setembro de 2001.
** O fotojornalista Robert Capa, que cobriu, entre outros grandes eventos mundiais, a Guerra Civil Espanhola. Capa era húngaro e se tornou cidadão americano em 1946.
** O jornalista e escritor Tom Wolfe, um dos criadores do “Novo Jornalismo” e autor de diversos livros, entre eles o romance A fogueira das vaidades.
** O escritor e jornalista Ernest Hemingway, que cobriu a Europa em tempos de guerra e paz para diversos jornais e revistas norte-americanos.
** O jornalista e escritor Walter Lippmann, um dos fundadores da pioneira revista New Republic,em 1914.
** O jornalista Gay Talese, autor de um dos mais famosos perfis de todos os tempos, sobre o cantor Frank Sinatra, que foi publicado em 1966 na Esquire, intitulado “Frank Sinatra está resfriado”. Talese publicou vários livros sobre a imprensa e o trabalho de repórter e é considerado um dos pioneiros do "novo jornalismo".
** O jornalista Edward R. Murrow, que se tornou conhecido a partir de transmissões de rádio durante a Segunda Guerra Mundial. Murrow foi um dos pioneiros do jornalismo televisivo, e ajudou a derrubar o senador Joseph McCarthy na década de 1950.
** O criador do “jornalismo gonzo” na década de 1960, Hunter S. Thompson, que quebrou tabus e marcou época com suas reportagens sobre a campanha presidencial de 1972 para a revista Rolling Stone. Thompson publicou o livro Medo e Delírio em Las Vegas, transformado em filme por Terry Gilliam.
** O romancista Truman Capote, que escreveu, em 1965, o “romance de não ficção” A Sangue Frio, um dos mais respeitados trabalhos do chamado “Novo Jornalismo”.
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