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Solicitei meu descredenciamento do Ppgcom

Tomei ontem, junto com a professora Alda Costa, uma decisão difícil, mas necessária: solicitar nosso descredenciamento do Programa de pós-graduação em comunicação da UFPA. Há coisas que não são negociáveis, em nome do bom senso, do respeito e da ética. Para usar a expressão de Kant, tenho meus "imperativos categóricos". Não negocio com o absurdo. Reproduzo abaixo, para quem quiser ler o documento em que exponho minhas razões:
Utilizamo-nos deste para informar, ao colegiado do Ppgcom, que declinamos da nossa eleição para coordená-lo. Ato contínuo, solicitamos nosso imediato descredenciamento do programa.  
Se aceitamos ocupar a coordenação do programa foi para criar uma alternativa ao autoritarismo do projeto que lá está. Oferecemos nosso nome para coordená-lo com o objetivo de reverter a situação de hostilidade em relação à Faculdade de Comunicação e para estabelecer patamares de cooperação, por meio de trabalhos integrados, em grupos e projetos de pesquisa, capazes de ampliar o envolvimento de professores e alunos do curso de comunicação nas atividades de pesquisa próprias do mestrado. 
Faze-lo teria sido agir endogenamente, preparando, de maneira consequente, a entrada futura de professores da Facom no programa e, ao mesmo tempo qualificando os alunos da graduação para que pudessem se preparar melhor para a pesquisa. Ciente da hostilidade de alguns em relação a esse projeto, estávamos dispostos a fazer um trabalho paciente, construindo um PPGCOM para o futuro, reformulando a máquina já existente e acalmando os interesses paroquiais num projeto maior. Em suma, pretendíamos melhorar o mestrado, por assim dizer, “a partir de dentro”. Porém, confrontados com ataques pessoais, irracionais e intempestivos; confrontados com atos tão incrivelmente mesquinhos, inadmissíveis numa instituição pautada pela racionalidade científica, chegamos à conclusão de que o esforço seria vão: um desperdício dos recursos públicos, do tempo de pesquisa e ensino dos professores com boa vontade para o projeto e, em geral, do esforço comum.  
O clima de hostilidade evidenciado nos últimos meses impede de maneira absoluta e decisiva qualquer proposta de construção coletiva. Nesse cenário inóspito, torna-se infrutífera nossa proposta e vão todo esforço que possamos fazer para concretizá-la. As incontáveis agressões verbais que temos sofrido por parte de alguns membros do colegiado constituem um desrespeito inaceitável em uma comunidade científica. 
Essas agressões evidenciam o quanto a ciência pode se amesquinhar na construção de pequenos poderes e se tornar refém de projetos isolados e egoístas. Evidenciam, igualmente, o quanto a Academia se distancia da sua missão de educação e pesquisa, construindo falsos projetos e falsos compromissos baseados em disputas paroquiais e improdutivas.  
Nosso trabalho científico e nossa sempre aberta disposição para a cooperação e para o debate público demonstram o quanto respeitamos e estimamos a construção coletiva. Além disso, nossa experiência de gestão já nos ensinou que se não há condições organizacionais prévias, em equipes pequenas, o esforço empreendido será desperdiçado.  
Acreditamos no bem comum, no bem público e na construção colaborativa do trabalho acadêmico. Acreditamos no respeito, na humildade e no coletivismo do trabalho científico. Acreditamos numa universidade pública respeitosa do trabalho dos pares e da experiência dos pesquisadores amazônicos e repudiamos a maneira como os professores João de Jesus Paes Loureiro e Manuel José de Sena Dutra foram tratados pelo programa. Acreditamos no valor atemporal de um Regimento legitimamente vigente e repudiamos toda possibilidade de alterá-lo. Acreditamos que um mestrado deve trabalhar juntamente com a graduação. Acreditamos na missão de fazer uma pesquisa amazônica com pesquisadores comprometidos com a região.  
Saímos do Ppgcom com a certeza de que contribuímos grandemente com ele – infelizmente, em vão. Evidentemente lamentamos pelo programa e estimamos aos que com boas intenções prosseguem em seu colegiado o bom êxito que moveu nosso trabalho e nosso esforço por criá-lo, desejando que recupere, nos seus embates futuros, o espírito de comunidade, de solidariedade e respeito que o moveu como projeto. 
De nossa parte, continuaremos pesquisando e produzindo no campo da comunicação e procurando fazer um trabalho original, cuidadoso e, sobretudo, comprometido com a sociedade amazônica. Continuaremos participando ativamente do debate público e de todo esforço comum pela construção de uma universidade melhor, mais séria, mais próxima da realidade e mais competente.

Comentários

Anônimo disse…
Tenho certeza, caro Fábio, que isso será para a sua felicidade, melhor trabalho; infelizmente a sociedade é quem perde! Somente você tem, melhor, tinha, mais de 50% da produção de todo o programa!
Abs e conte sempre comigo.
M.
Luiz Fernando Freitas disse…
FABIO, Lamento por você, pela universidade e pelo abandono às possibilidades que o seu trabalho prometia. Nossa solidariedade.
Anônimo disse…
Fábio, é uma pena, mas compreendo. A UFPA sempre desestimula com essas disputas de poder. Grandes coisas coordenar um mestrado ou um curso, mas tem gente que mata por isso. As vezes uma decisão difícil ajuda a consolidar outros processos. Boa sorte na caminhada.
Anônimo disse…
Até quando essas autoritárias retrógradas e sem nenhum compromisso sério com a instituição (que não seja manter-se no poder) vão atravancar o caminho da FACOM? Uma vergonha, abutres!
Ana Corrêa Santos disse…
Prezado professor Fábio, lastimo pela decisão, mas compreendo a necessidade de tomá-la. Diante de arbitrariedades e autoritarismos - dos quais infelizmente a universidade pública ainda está cheia - decisões desse tipo se fazem necessárias, pois são uma forma de denúncia. Acho uma pena ver um programa na área de comunicação perder pesquisadores como o senhor e a professora Alda Costa, excelente administradora e maravilhosa professora. A saída de vocês desestimula a todos que pensam em fazer um mestrado na área. Ainda mais percebendo o que espera quem ouse fazer esse curso.
Jorge disse…
A ditadura acabou há 30 anos... acabou mesmo? Parece que ela ainda perdura no... mestrado em comunicação, em plena universidade pública... Todos nós sabemos das práticas autoritárias, das ameaças a alunos, dos constrangimentos aos funcionários... Quem diria que um curso de comunicação, marco da luta pela democracia no Pará, teria gente desse tipo, um dia. Salve professor Fábio. Estamos com o senhor. Conhecemos seus valores, e também os da prof. Rosaly, do prof Otacílio e de outros. Estamos com vocês. Um dia o mal vai ser derrotado.
Anônimo disse…
Ainda bem que existem professores como você, Otacílio, Rosaly e tantos outros, que transmitem aos alunos os valores corretos, que são boas pessoas.
Anônimo disse…
Se cada um fizesse corretamente o seu trabalho e deixasse essa mesquinharia toda de lado (o nome disso é profissionalismo e seriedade), seria ótimo! O PPGCom parece mais uma feira livre de dinossauros invejosos (a grande maioria) que competem entre si e até com os pobres dos alunos. Em alguns casos, sujam o histórico do aluno só para prejudicá-lo injustamente, e diminuir a possibilidade de ser aprovado em uma candidatura de estágio profissional em uma universidade nos EUA ou na Europa, por exemplo. Quem paga o pato é o aluno, sempre! Não sou hipócrita e falo a verdade e me orgulho disso. Deveria ser reformulado todo o staff do curso de Comunicação Social da UFPA e só colocar quem tem amor na profissão e acredita na área. Há alguns professores (?) que nem mesmo acreditam no campo. Como poderia o curso crescer, não é mesmo?
Dinair Lobato disse…
O Ppgcom é um programa novo e ainda fraco. Fraco na sua estrutura e no seu caráter. A saída de vocês compromete o futuro dele... ainda bem. Quem sabe algo melhor pode surgir disso, conquanto não tenha a participação de gente estúpida e mesquinha como certas "madames" que andam por aí.
Anônimo disse…
Mesquinhos são esses professores (todos eles, sem exceção) que humilham os alunos que têm capacidade pra vencer por méritos próprios. Gente que rala muito, que luta contra qualquer desestímulo. Muitos alunos de lá não nasceram em berço de ouro (de família pobre) e enfrentam muitas dificuldades pra conseguir concluir o curso. Viram a noite, fazem inúmeros artigos, se envolvem em várias atividades pra ver se melhora a pontuação e ainda passam por incompetentes.
Anônimo disse…
Quem passou ou está no Ppgcom sabe do que estás falando. É um péssimo lugar para estudar, porque vc tem que se submeter à prepotência, à arrogância e aos desmandos de certos professores. E pior: tudo isso em nome de que? Se fosse de um conhecimento maravilho até dava pra aceitar, mas não. Tudo por aulinhas bestas, cheias de anedotas, de historinhas e de elogios desatinados a autores que se afirmam entre si. E além de tudo, sem aula de metodologia de verdade.
Anônimo disse…
Nunca gostei de nenhum professor do PPGcom pela falta de profissionalismo de 99,9% deles. Espero que o meu comentário não seja censurado.
Anônimo disse…
É preciso abrir a caixa preta desse programa. Por que a direção atual se esforça tanto para permanecer no poder? Por que querer forçar a barra para mudar o regimento e permitir um terceiro mandato? Por que passar mais de dois meses para entregar o posto? Por que tanto segredo?
hupomnemata disse…
Pessoal,
A função do blog é provocar debates, e não execrações públicas. Recebi alguns comentários que caminham nesse segundo caminho e não os publiquei. Não vou permitir escreverem aqui qualquer difamação ou calúnia, contra pessoa alguma. De resto, o espaço segue aberto para todo diálogo respeitoso e equilibrado.
Tereza Cordovil disse…
O estranho é que (quase) ninguém se manifesta. Mais de dois meses para entregar uma ata de eleição, mais de dois meses para entregar o cargo, autoritarismo de toda sorte e um bando de gente calada. E isso é a gente da comunicação... Os alunos do mestrado e da graduação não tem nada a dizer? Professores com alta produção, com experiência de gestão e respeitados saem e ninguém fala nada? Fica tudo por isso mesmo e quem está aboletado no poder fica lá como se nada tivesse acontecido?
Anônimo disse…
Fábio e Alda,
toda solidariedade com vocês! Imagino o quanto foi difícil tomar essa decisão. Pela história que vocês têm, sei o quanto é lastimável para o PPGCOM perder vocês. Recebam meu abraço forte e meus votos de que continuem o trabalho inciado, seja na Facom, seja em outro programa.
Albino.
Anônimo disse…
Muito lamentável essa situação. Isso acontece em toda universidade: Graduação distante da Pós, falta de debate, falta de respeito pelos colegas e unidade... Os bons saem e os débeis permanecem...
Anônimo disse…
Todo mundo tem de saber que programa de pós-graduação não é brincadeira. Tem de produzir artigos, fazer cursos, promover eventos, arranjar dinheiro e ser influente na Comunicação para fazer "as coisas acontecerem". Isso é produzir conhecimento, desenvolver um programa. Não é uma vida fácil, não é mesmo! Não é fácil administrar um Programa de Pós-Graduação e a primeira coordenação PPGCom acertou em muitos aspectos, apesar de eu não concordar muitas vezes com os seus métodos pouco dentro dos padrões didáticos aceitáveis e construtivos, mas que talvez tivessem como objetivo consolidar o programa, ainda que às avessas. E quem não gostaria de se sentir forte e orgulhoso da vitória do seu trabalho? Para alguns isso é uma questão de vida ou morte.

Eu tive a felicidade de fazer parte do PPGCom e recentemente até produzi mais um artigo que vai colaborar para a pontuação dele, mesmo longe do Programa fisicamente há dois anos. Faria tudo de novo e talvez até melhor. Consegui superar muita coisa ou quase consegui: humilhações de professores de todo o tipo dentro e fora de sala de aula, muitos problemas de saúde e com alguns colegas que não se enquadravam no programa querendo apenas bagunçar e que usavam uma pseudoarmadura de "injustiçado" e até mesmo minhas limitações pessoais porque sou ser humano e não de aço.
Acredito não ser verdadeiro dizer que a equipe que ficou quatro anos a frente do PPGCom não fez nada de útil, sendo o contrário. Não vamos crucificar ninguém. Cada um tem a sua parcela de culpa nessa crise com as suas respectivas vaidades e frustrações.
Bia disse…
A irracionalidade da política das panelas e a vaidade que move tantos interesses docentes, na UFPA, ferem a imagem da instituição. É pra isso que a Academia existe? Me sinto revoltada. Um curso que se dá ao luxo de expulsar o professor Paes Loureiro e de perder professores - tão raros! - está errado. É preciso repensar esse mestrado!
Anônimo disse…
Gente, tem uma caixa preta no PPGCOM que precisa ser aberta. Apenas começamos a unir os fragmentos:

http://blogmanueldutra.blogspot.ca/2014/05/desencontro-no-encontro-dos.html
Anônimo disse…
É só mandar pra Capes essas denúncias e vocês sabem o que vão fazer? ABSOLUTAMENTE NADA! Quem vai sair perdendo são aqueles que desejam fazer o curso. No máximo uma advertência e SÓ!!!! Arrisco até uma risada. Não entrem nesse jogo de vaidades. Sejam espertos e cuidem de suas vidas. A melhor coisa que vocês têm a fazer.
Anônimo disse…
Quero ver se vai ter gente inscrita para a próxima seleção desse curso. Parece que o que ficou por lá é o pessoal do chicote e do bafo...
Célia Andrade disse…
Fábio e Alda,
Toda minha solidariedade. Imagino que uma decisão dessas, difícil e séria, deve ser resultado de uma longa avaliação e que se vocês chegaram a conclusão de que não teriam condições de trabalhar com esse grupo de professores é porque, realmente, as condições de trabalho impostas eram impossíveis. A denúncia de vocês nos obriga a pensar sobre a decoro e a responsabilidade para com o serviço público. Realmente, não podemos mais tolerar essas situações. Boa sorte e contem com meu apoio.
Unknown disse…
Sua saída é lamentável. Uma perda para o curso. Forte abraço, meu querido mestre.
L. disse…
Caro professor,
Que loucura de reuniões. e a preocupação era em destilar ódio contra o senhor. A preocupação com programa de computador? Meu deus, pode um negócio desse? a preocupação era preencher formulários. Fiquei admirada de lhe perguntarem se o senhor tinha página em sistema ou deixava de ter. é isso que elas chamam de competência?
Sinto demais não podermos mais tê-lo como professor, nós, a sociedade é quem perde.
L.
Anônimo disse…
No blog do Dutra:
"João de Jesus Paes Loureiro, um dos mais importantes intelectuais vivos da Amazônia. Por razões obscuras, foi mandado embora, de forma desrespeitosa, do programa de mestrado em comunicação da UFPA".
Quanto já saíram de lá? Manuel Dutra, Paes Loureiro, agora Fábio Castro, Alda Costa, daqui a pouco provavelmente o Otacílio. A Luciana vai embora de Belém...
Vai sobrar quem? Vai sobrar os que querem o mestrado só para si, a turma da ditadura.
Antonio Mendes Aguiar disse…
É uma pena ver a universidade pública se transformar num espaço de luta de pequenos e podres poderes. Corajosa decisão. Contem com meu apoio.
Anônimo disse…
Nos barracos da cidade
Ninguém mais tem ilusão
No poder da autoridade
De tomar a decisão
E o poder da autoridade, se pode, não faz questão
Mas se faz questão, não
Consegue
Enfrentar o tubarão....
Ôôô, ôô gente estupida
Marilucia Oliveira disse…
Professor Fábio e professora Alda,
Ao ler o documento de vocês, misturaram-se tristeza e alegria. Tristeza por saber que  esse clima de hostilidade com a graducao tem ganhado espaço no ILC e que, geralmente, quem não concorda com a ideia equivocada de "soberania" da Pós-graduação em detrimento da graduação  é obrigado a deixá-lá por não suportar as decisões absurdas que sao tomadas.. Por outro lado, fico feliz em saber que há professores no ILC que têm a coragem de denunciar de forma educada e lúcida esses absurdos. Admiro-os mais  ainda porque desligar-se da Pós implica algumas perdas acadêmicas. Há projetos que só sao financiados se os coordenadores forem da Pós. Que bom que consideraram essa perda inferior á perda do bom senso, da decência, do respeito. Eu espero que sua postura possa encorajar outros pesquisadores que se contram na mesma situação, a fim de que, no futuro, possamos desfrutar de relações decentes e respeitosas em nossa unidade/universidade. Faço questão de assinar minha postagem, pois nao admito que  numa universidade, no século em que estamos,  tenhamos  medo de expressar-nos livremente, mesmo que sejamos minoria.  
Marilucia Oliveira 
Rosa Brasil disse…
O tempo passa, e pouca coisa se altera em termos de Pós no ILC. Fico imaginando o que aprendem os doutores-juízes ao longo de suas vivências. Que triste observar os que gastam tantos neurônios pensando que esse é o caminho para a chegada no topo da pirâmide humana. De nada isso vale se não mudarem os seus olhares sobre as relações humanas. Conheço seu trabalho, Fábio, e sei do seu valor, assim como do Paes Loureiro etc. Eu e centenas de acadêmicos. Maravilhosa a sua atitude. Revela um olhar especial, inteligente, renovador sobre o mundo. Isso quer dizer que sua vivência está valendo a pena. O resto... que cuidem de seus olhos, para não ficarem cegos de vez. Um abraço carinhoso.
EMEEMES disse…
"nossa experiência de gestão já nos ensinou que se não há condições organizacionais prévias, em equipes pequenas, o esforço empreendido será desperdiçado." .... caros colegas, já aprendi isso. quando tentei mudar algo que tinha tudo para ser melhor, acreditei e trabalhei muito, mas tive de desistir por conta de entreveros tão pequenos, melindres de colegas de equipe que não se deram conta da oportunidade que tínhamos na mão de fazer um futuro. Mas o esforço e a garra de querer ver as coisas melhorarem em nossa terra em nossa instituições permaneceu em mim, E tenho a certeza que permanecerá em vcs. Vamos em busca de novos caminhos para a mudança que se faz necessária. Abraços e força colegas!! Alda Cristina Costa Fabio CAstro.
Mariane Maranhão.
Maria Luisa Martins da Costa disse…
Impressionada com essa notícias. Lamento pelo futuro do mestrado, que vai consolidando seu isolamento na UFPA. Rompido com a FACOM, rompido com o ILC, rompido com o CACO... Será que eles não vão mudar de postura? Vão seguir nessa arrogância toda, no caminho da destruição?
Elizabete Vidal disse…
Elizabete Vidal comenta:
Professor Fabio Castro,
fico feliz que sua decisão tenha chegado ao nosso conhecimento, graças a uma solicitação da professora Marilúcia, da FALE. Não fosse assim, possivelmente essa notícia seria restrita a um grupo pequeno. Fico mais feliz, ainda, por testemunhar esse momento histórico no ILC, marcado por decisão tão corajosa e madura. Admiro-o e felicito-o não pela coragem de pedir o descredenciamento, mas pela maneira como o faz. Acredito muito que sua atitude irá provocar uma mudança significativa em direção àquilo em que o senhor acredita, “no bem comum, no bem público e na construção colaborativa do trabalho acadêmico. Acreditamos no respeito, na humildade e no coletivismo do trabalho científico. Acreditamos numa universidade pública respeitosa do trabalho dos pares e da experiência dos pesquisadores amazônicos.”
Elizabete Vidal disse…
Professor Fabio Castro,
Fico feliz que sua decisão tenha chegado ao nosso conhecimento, graças a uma solicitação da professora Marilúcia, da FALE. Não fosse assim, possivelmente essa notícia seria restrita a um grupo pequeno. Fico mais feliz, ainda, por testemunhar esse momento histórico no ILC, marcado por decisão tão corajosa e madura. Admiro-o, não pela coragem de pedir o descredenciamento, mas pela maneira como o faz. Acredito muito que sua atitude irá provocar uma mudança significativa na direção daquilo em que o senhor acredita, “no bem comum, no bem público e na construção colaborativa do trabalho acadêmico. Acreditamos no respeito, na humildade e no coletivismo do trabalho científico. Acreditamos numa universidade pública respeitosa do trabalho dos pares e da experiência dos pesquisadores amazônicos.”
hupomnemata disse…
Caros,

Começo a tentar responder a todas essas mensagens, colocadas aqui, enviadas por email, MSNs, Facebook, Twitter, etc.

Agradeço pela solidariedade, pelo apoio, pela compreensão, pelo estímulo, pelas sugestões, pelos conselhos, pelo eventual carinho e até pelas críticas.

É necessário ter discernimento para poder fazer um debate importante como este, e muitas vezes a interlocução que vocês, aqui, me oferecem, é um instrumento precioso, que me ajuda a construir esse discernimento.

Penso que essa questão específica, envolvendo o Ppgcom, permite pensar mais a fundo no sentido da pós-graducão, em geral, no sentido da pós-graduação numa universidade amazônica e no próprio sentido da universidade amazônica.

Decisões difíceis abrem caminhos, e o diálogo ajuda a compreendê-los.
Anônimo disse…
Sou ex-aluna do mestrado. Desculpem o anonimato, mas ele é necessário (não preciso explicar o porquê). Realmente, a situação é difícil. Trabalhei num clima pesado, negativo, de muita cobrança e de intimidação por parte de algumas professoras. Talvez pior que isso era a falta de didática e a pobreza do conteúdo. A maioria das aulas girava em torno de casos pitorescos envolvendo acadêmicos do sudeste brasileiro. Um ponto vulnerável era o curso de metodologia, completamente desatualizado, praticamente dispensável, que girava em torno de princípios gerais de um projeto de pesquisa ainda precário, algo à nível de graduação. É uma pena ver a saída dos profs Fábio e Paes Loureiro. Não fui aluna do primeiro, mas fui do segundo, e posso dizer que suas aulas eram inspiradoras, um oásis de inteligência e de competência.
Elizabete Vidal disse…
Elizabete Vidal, professora da Faculdade de Letras, FALE, solicita a divulgação do texto abaixo:
O Conselho da Faculdade de Comunicação (FACOM) da Universidade Federal do Pará (UFPA) reitera seu apoio integral aos nomes dos professores Fábio Fonseca de Castro e Alda Cristina Silva da Costa para a direção do Programa de Pós-Graduação Comunicação, Cultura e Amazônia (Ppgcom) e vem a público solicitar aos referidos professores, eleitos legitimamente para a sucessão no programa em 06 de junho de 2014, que, em nome do interesse público e do bem comum, reconsiderem a posição tomada anteriormente, de desligamento do programa e retirada de seus nomes para a nova gestão.
Este pedido se sustenta em dois documentos apresentados por professores e alunos da Facom a este Conselho em reunião extraordinária, realizada no dia 25 de agosto de 2014, e endossados por maioria dos votos (9 votos a favor, 01 contra e 03 abstenções), que repudiam a falta de diálogo e a hostilidade crescente do Ppgcom em relação à Facom.
O Conselho da faculdade considera que honrar a democracia e a transparência é o único caminho capaz de promover a construção coletiva do conhecimento em uma universidade pública e cidadã.


Belém, 25 de agosto de 2014.


Conselho da Faculdade de Comunicação (FACOM)

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