Publicado ontem, na revista Eco-Pós, do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro mais um artigo trazendo resultados das minhas pesquisas meu, com frutos das minhas
pesquisas no Programa de Pós-graduação Comunicação, Cultura e Amazônia. Desta
vez foi “Semiotical blues: artifícios da temporalidade
nostálgica”, no qual discuto, no âmbito de minha investigação geral sobre o fenômeno
da intersubjetividade, a “temporalidade” dos bailes da saudade de Belém. Retomo
aqui o conceito de “semiotical blues”, que já havia desenvolvido em “A Cidade
Sebastiana”, para, dialogando com o pensamento sobre temporalidade de Heidegger,
Derrida e Schutz, realizar uma “pré-etnografia” dos bailes da saudade e da sua cultura
nostálgica.
Para explicar melhor,
um trecho da apresentação da edição, organizada pelo caro Denilson Lopes:
“De Frank Miller seguimos com Fábio Fonseca de Castro para uma espécie de encontro “pré-etnográfico” com um baile da saudade, tradicionais festas da cidade de Belém, caracterizadas pela remasterização de músicas dos anos 1970 a 1990. Seguimos por modos peculiares de sociabilidade para discutir a persistência de uma sensibilidade nostálgica, estruturante dos tecidos intersubjetivos contemporâneos. Fábio Fonseca de Castro parte de um tipo-ideal, que ele chama de semiotical blues, e, em um diálogo com Heidegger, Derrida e A. Schutz, procura compreender os elementos estruturantes dessa sensibilidade nostálgica: o artifício da sua temporalidade narrativa, ou melhor, a sua temporalidade como um artifício narrativo”.
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