Ontem o juiz Moro acatou a
denúncia do Ministério Público Federal contra Lula. A base da sua decisão
foram as teses apresentadas sem provas:
Tese 1: A
entrega do apartamento 164-A do Edifício Solaris seria a vantagem indevida que
Lula teria recebido como parte do acerto de propinas. Pretensa prova: o
depoimento de funcionários do edifício afirmando que a família de Lula visitou
o prédio durante as obras. O que fica sem provas: a tese de que houve ocultação
de patrimônio.
Tese 2: Quatro
ex-diretores da Petrobrás já foram condenados criminalmente por corrupção
passiva e lavagem de dinheiro, todos com contas secretas no exterior pelas
quais transitaram milhões de dólares ou euros. Lula seria o chefe do esquema e
recebeu em pagamento a reforma do tal apartamento no Guarujá. Em síntese: a
propina do chefe foi somente a reforma e a propina dos subordinados milhões e
milhões e milhões de dinheiros. Pretensa prova: a livre associação, feita pelos
“cérebros” do MPF e de Moro, entre de que há uma relação entre o roubo na
Petrobrás e Lula. O que fica sem provas: o fato de que Lula seria o chefe do
esquema, afinal de contas nenhum desses quarto ex-diretores disse tal coisa,
nenhum documento ou gravaçnao sugere tal coisa
O próprio
Moro, na página 5 da sua denúncia, afirma que “certamente, tais elementos
probatórios são questionáveis”. Mas mesmo assim acata a denúncia.
Afinal, o
que importa, para Moro e para o MPF, não é a justiça, mas a destruição política
de Lula.
Por tais
contas anda a Justica brasileira, desmoralizando-se a cada dia.
A custa dessa desmoralização, Moro vai se aproximando, cada vez mais,
da encenação final planejada para a Lava
Jato: a prisão do Lula, se der para rolar, ou, pelo menos, o seu enquadramento
criminal, para impedi-lo de disputar e vencer a eleição de 2018.
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