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Quando os zumbis da classe média começam a dizer #ForaTemer e #DiretasJá

Muita coisa pode e vai acontecer, mas há uma probabilidade imensa de que o “governo” Temer não dure os restantes 24 meses que afanou de Dilma. A onda do Fora Temer está crescendo e os golpistas estão dando mostras cabais de que estão cada vez mais incomodados de serem chamados do que são: golpistas.

Quando uma cidade conservadora, das mais conservadoras e miseravelmente direitistas do pais, Florianópolis, vem às ruas em massa para pedir a queda do governo usurpador tem-se um sinal de que os enfrentamentos do usurpador são bem maiores do que os que o PT ou a frente de esquerda lhe apresenta.

O que aconteceu em Florianópolis é sinal de que os zumbis da classe média, que não entendem muito de política e que, sobretudo, não percebem como são manipulados pela mídia e pelos discursos de ódio, começam a mudar de lado e, em vez de gritar Fora Dilma, passam a gritar, muito empolgados, que Fora Temer!

Em síntese: tem gente de direita dizendo Fora Temer. É claro que a leveza ideológica da direita brasileira ia dar nisso: bastaria um rastilho de pólvora, de uma hora para outra, para fazê-la se virar contra o governo golpista que apoiou.

Esse é o elemento que faz a balança pesar para o outro lado. E isso sem contar os outros elementos da conjuntura política que, em diferentes graus e por diferentes razões, desejam sangrar  Temer ou mesmo tirá-lo do jogo. A começar pelos tucanos, sempre carniceiros, doidos para expurgar Temer e ocupar o poder – a turma do fogo amigo, que não para de cobrar a conta e de passar mensagens de intimidação. E também sem contar o pessoal barra pesada da Fiesp e da mídia, querendo apressar a todo custo o fim dos direitos trabalhistas e que pode descartar Temer, se isso parecer necessário para alcançar seus interesses - por exemplo, com César Maia alçado à presidência...

Nessa conjuntura é grandemente provável que mais gente ganhe as ruas, mais o governo perca a linha e que, em conseqüência, a violência policial corra solta, se multiplique.


Crise e mais crise. E que bom! É com a crise que vamos abrir caminho para eleições imediatas e diretas.

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