A UFPA já está ocupada. Igualmente a Faculdade de Comunicação, o Instituto de Letras e Comunicação e do Programa de Pós-graduação Comunicação, Cultura e Amazônia – meus territórios principais de circulação. E isso afora dezenas de outros espaços da instituição.
Registro aqui todo meu apoio aos alunos, protagonistas dessa
iniciativa corajosa, e convido meus colegas docentes e técnicos a apoiarem o
movimento. Sei que não é fácil ter disposição de ânimo para fazer uma luta
social contra um governo que atua com instrumentos policiais, jurídicos e institucionais
de repressão. A hora, porém, é de ter coragem e de garantir uma ação respeitosa
do patrimônio público, racional, inteligente e articulada com a sociedade civil.
Mais do que tudo, estou satisfeito em ver o protagonismo dos
alunos nesse processo. São eles que estão em melhor condições de renovar a política e de articular melhor as respostas
e as pactuações que a sociedade brasileira precisa. Talvez eles possam ver
melhor, lá onde as grandes estruturas formais da política – como os partidos,
os governos, as ideologias e a burocracia – estão falhando.
Sobretudo, é preciso reorganizar articulações entre a
academia e os movimentos sociais de modo a apresentar, ao conjunto da
sociedade, novas possibilidades e caminhos. Sobretudo em direção a essas duas
reformas estruturantes que são a Reforma Política e da Lei da Comunicação
Democrática.
Isso, é claro, está no campo da vontade, do a-vir, do dever-fazer, porque a hora, mais que
nunca, é de resistência. De coragem e de resistência.
Se ouso referir a necessidade dessas lutas, todas ainda a
fazer e toda apenas mal começadas, é porque sei que ocupar a UFPA – #OcupaTudo
– é um começo promissor – e claro, digo isso porque foi muito emocionante ver a
disposição dos alunos ocupando a reitoria, ontem a noite.
Confesso que, se por um lado, nunca pensei em ver um avanço do fascismo e da violência de Estado, novamente, no Brasil, por outro lado também já não pensava mais em ver tantos estudantes lutando pelos direitos sociais.
Confesso que, se por um lado, nunca pensei em ver um avanço do fascismo e da violência de Estado, novamente, no Brasil, por outro lado também já não pensava mais em ver tantos estudantes lutando pelos direitos sociais.
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