Foto de Catlyn Ochs, publicada no The New York Times |
Na sequência dos questionamentos e protestos iniciados com o Black Lives Matter, várias estátuas representando os heróis da história hegemônica - uma história quase exclusivamente branca e masculina - já foram derrubados.
No caso do Museu de História Natural a decisão veio do próprio Museu, que percebeu que a estátua "descreve explicitamente negros e indígenas como seres inferiores e subjugados". A decisão recebeu apoio do prefeito de Nova York, Bill de Blasio, que declarou que "É a decisão certa e o momento certo para remover esta estátua problemática.
Cabe dizer que a família Roosevelt, ainda muito influente, divulgou um comunicado bem interessante a respeito da decisão:
O mundo não precisa de estátuas, relíquias de outra época que não reflectem os valores da pessoa que pretendem honrar, nem os valores da igualdade e da justiça. A composição da estátua não reflete o legado de Theodore Roosevelt. É hora de a retirar.
Acho esse processo extremamente interessante e importante. Estamos vendo a história em movimento, e pessoas em ação. Não há sentido em fetichizar estátuas como história quando a própria história está questionando o papel dos seus sujeitos hegeômicos.
Como disse recentemente Priyamvada Gopal, professora da Universidade de Cambridge e autora do livro Insurgent Empire: Anticolonial Resistance and British Dissent (2019),
A reinterpretação das estátuas na memória pública deve reconhecer que chegou um momento histórico em que elas foram rejeitadas.
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