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Financiamento público de campanha eleitoral é fundamental. Já expliquei porque aqui. As resistências a isso são grandes e têm um fundo cultural que precisa ser entendido, para que se possa avançar na questão. Um artigo de Pedro Silva, tesoureiro da campanha de Lula em 2006 e da campanha de Dilma em 2010, replicado no blo do Luis Nassif, ajuda a entender essa resistência e a problematizar a questão:
Estamos diante de um problema de ordem cultural e política: os brasileiros ainda não estão dispostos a financiar a sua democracia. Mas será que os mesmos brasileiros continuariam dispostos a delegar o pagamento desta conta para 30 grandes empresas?
E alguns dados interessantes:

Em 2010 enviei 10 mil cartas para as maiores empresas do país. Destas, 300 responderam e doaram aproximadamente R$ 7,5 milhões, 5% do total arrecadado. Pela internet esperávamos pelo menos 10 mil doadores e chegamos a apenas 2 mil pessoas. O PSDB desistiu deste sistema e o tesoureiro da candidata Marina Silva acreditava ter o apoio de 1 milhão de doadores e, no final, não passou de 3.000!

Na íntegra aqui.

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