Porfim, uma dica, digamos assim, "processual", a respeito da coerência do seu projeto.
Lembre-se: se você quer fazer um mestrado, tem que considerá-lo não como um fim em si mesmo, mas como parte de um percurso acadêmico. Na hora da entrevista, a banca vai tentar perceber isso. Se o mestrado for apresentando, por você, como algo meio mágico, como uma panacéia para a sua carreira (e isso é muito comum) você está fora. Ou seja, é preciso pragmática: mostre o mestrado como uma etapa – e, portanto, esclareça sobre o passo que você deu antes dele e sobre o passo que dará depois dele. Mostre um projeto. Por isso é muito importante demonstrar interesse prévio pela pesquisa científica: é importante ter participado de congressos, simpósios e seminários. É importante ter apresentado trabalhos nos congressos da área da comunicação. Se possível, é importante ter feito uma especialização. E, é claro, é importante ter participado dos Grupos de Pesquisa do Programa e ter assistido aulas no Programa. E isso é possível: você pode se matricular como ouvinte nas disciplinas e acompanhá-las. Isso é um sinal claro, para a banca, do seu interesse pelo Programa. Mas não vale abandoná-las... sinal negativo.
Um processo seletivo é um jogo de sinais. Você tem que emitir para a banca sinais claros, objetivos e precisos de que: tem compromisso; tem responsabilidade; não é doido nem perturbado; vai defender sua dissertação em, no máximo, 24 meses (e se possível em 18); é capaz de objetividade e de síntese; tem um objeto de investigação socialmente importante; tem um projeto exeqüível; conhece o debate epistemológico sobre a comunicação; tem disposição para um volume grande (talvez imenso) de leituras; tem disponibilidade de tempo para seguir os cursos, produzir como um louco (sem o ser, efetivamente), fazer a pesquisa e escrever muito.
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